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Santa Nostalgia

Uma janela aberta ao passado, às memórias da infância e juventude dos anos 60, 70 e 80. Um espaço para matar saudades ou até mesmo para ressuscitá-las.

Santa Nostalgia

Uma janela aberta ao passado, às memórias da infância e juventude dos anos 60, 70 e 80. Um espaço para matar saudades ou até mesmo para ressuscitá-las.

Abel Manta - Povo, MFA

Joao-Abel-Manta-MFA-Povo-Povo-MFA-Portogallo-1975.Cartaz de João Abel Manta - 1975

João Abel Carneiro de Moura Abrantes Manta, nasceu em Lisboa a 29 de Janeiro de 1928, sendo um reconhecido arquitecto, pintor, ilustrador, cartoonista e caricaturista português. É filho dos também pintores Abel Manta e Maria Clementina Carneiro de Moura Manta

Com uma produção artística diversificada, destacou-se principalmente na arquitectura, no desenho e na pintura, consolidando a sua presença no cenário cultural português desde o final dos anos 1940. Inicialmente dedicado à arquitectura, foi gradualmente direccionando o seu percurso para as artes visuais, tornando-se um dos mais importantes cartoonistas das décadas de 1960 e 1970.

Nos anos que antecederam e sucederam a Revolução de 25 de Abril de 1974, Abel Manta publicou, em jornais de grande circulação, trabalhos marcantes que retratavam o contexto político e social português durante esse período de transição — desde o fim da ditadura até à instauração da democracia. Foram populares, e já icônicos, os cartazes em que associava o povo ao MFA - Movimento das Forças Armadas. As suas caricaturas e desenhos satíricos são considerados documentos visuais importantes da história contemporânea portuguesa

Na década de 1980, voltou a reorientar a sua carreira, dedicando-se sobretudo à pintura, onde continuou a demonstrar o seu talento e versatilidade artística.

É ainda vivo, a caminho do centenário.

Máquina de tricotar ERKA

ERKA.jpg

Pouco se sabe desta marca, para além de que, como nos diz o cartaz publicitário do final da década de 1960, era francesa e que terá revolucionado a simplicidade na arte de tricotar. Seria verdade porque se generalizou e recordo-me que por cá na aldeia eram várias as mulheres e raparigas que trabalhavam em casa no tricô.

Outros tempos, outras modas, outras necessidades.

[Uma anterior memória sobre a marca]

Tergal - Impermeáveis

tergal anos 60.jpg

Vai de chuva o tempo, de norte a sul. Vinham, pois, a jeito, os impermeáveis Tergal. Mas desconheço se ainda se fabricam e comercializam. Provavelmente, não. Mas sim pela década de 1960, altura em que foi publicado este cartaz publicitário.

A Sociedade Portuguesa La Cellophane, L.da, terá sido constituída na década de 1960, com sede na cidade do Porto, mas em 1968 foi tranferida para Grijó - Seixezelo - Vila Nova de Gaia. A empresa era detida por vários sócios incluindo a francesa Societé Anonyme La Cellophane, fundada em 1913 por J. E. Brandenberger, com sede em Paris. Em Portugal representava os produtos Tergal.

Segundo a Wikipédia, Tergal é uma marca registrada de uma fibra sintética feita de poliéster . A palavra tergal também se refere ao tecido produzido a partir desta fibra, muitas vezes misturada com algodão ou lã 

Tergal é uma fibra sintética, formada a partir de tereftalato de polietileno e obtida pela condensação de ácido tereftálico e glicol , que foi inventada em 1950 pela británica Imperial Chemical Industries.

"Tergal" é uma palavra formada a partir de "ter" (para ácido tereftálico) e "gal" ( (la) gallicus , gaulês), que se tornou um substantivo comum. Marca registrada do tecido fabricado na França, em Besançon , desde 1954 pela firma Rhodiacéta , é o equivalente ao terylene inglês e ao Dacron americano.

Em 1972, a Rhône-Poulenc iniciou a produção de tergal na antiga fábrica da Société de la Viscose française em Gauchy , na região de Aisne . A empresa, que se tornou Tergal Industries, foi liquidada em 2009.

Trevira - Riopele

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Cartaz publicitário a tecidos em texlene, sobre a etiqueta Trevira, da empresa têxtil Riope - 1964

 

Resumo de alguns marcos da longa história da empresa Riopele:

1927
José Dias de Oliveira, jovem empreendedor, funda a Riopele ao instalar dois teares em um moinho de água na margem esquerda do rio Pele, em Pousada de Saramagos, Vila Nova de Famalicão, para a produção de tecidos como cotins e riscados.

1933
Com o objetivo de expandir a produção, José Dias de Oliveira transfere a unidade para um novo edifício. Ao longo de duas décadas, a empresa amplia as áreas de Fiação, Tinturaria, Tecelagem e Acabamentos, consolidando sua organização vertical.

1952
A marca Rioplex é criada em parceria com a empresa alemã Bayer, destacando-se pela qualidade superior de cores e padrões em comparação com outros tecidos de algodão, marcando o início da inovação têxtil da Riopele.

1953
Após o falecimento inesperado de José Dias de Oliveira, a liderança da empresa é assumida por seu filho mais velho, José da Costa Oliveira, de 22 anos. Ele conduz a Riopele à consolidação, crescimento e expansão.

1958
A Riopele inicia suas primeiras exportações para os mercados nórdicos e estabelece redes de agentes em vários países, garantindo um fluxo contínuo de encomendas.

1963
A parceria com a alemã Hoechst permite a introdução de fibras sintéticas, criando a marca Texlene-Trevira. A Riopele se torna referência na Europa no desenvolvimento de tecidos sintéticos.

1974
Durante a Revolução do 25 de Abril, os trabalhadores da Riopele permanecem ao lado da administração e rejeitam a greve, demonstrando compromisso com a empresa.

1985
Com a modernização do parque industrial e expansão das instalações, a Riopele fortalece sua atuação na Europa e aposta na reintrodução de fibras naturais, desenvolvendo tecidos próprios.

1996
A empresa lança a Çeramica, uma marca inovadora focada em tecidos de alta respirabilidade e conforto, dentro do conceito easy-care.

1997
Após obter certificação de qualidade, a Riopele expande sua certificação para práticas ambientais e de segurança, promovendo sustentabilidade e uso responsável de recursos naturais.

2001
Com a liberalização do comércio têxtil e o falecimento de José da Costa Oliveira, a empresa enfrenta uma crise e entra em uma fase de transição na liderança.

2007
José Alexandre Oliveira, neto do fundador, assume a presidência do Conselho de Administração, comprometendo-se a preservar o legado da Riopele em meio a um cenário econômico adverso.

2008
A empresa profissionaliza sua gestão, ajusta a capacidade produtiva e foca na produção de tecidos, reforçando parcerias e a satisfação do cliente.

2012
É lançado o projeto de I&D Nano.Smart, em parceria com instituições científicas, para desenvolver tecidos inteligentes com funcionalidades inovadoras.

2013
José Alexandre Oliveira assume a totalidade do capital social da empresa, consolidando sua reestruturação financeira. Inicia-se o Programa Horizontes para o desenvolvimento de recursos humanos.

2014
A Riopele investe 15 milhões de euros na modernização de máquinas, criação de um Centro de Modelagem e melhorias nos processos de produção.

2015
A empresa inaugura a primeira incubadora de startups dentro de um ambiente industrial ativo e recebe o Prêmio Melhor Grande Empresa Exportadora de Bens Transacionáveis.

2016
Inicia-se o projeto R4Textiles, voltado para a criação de tecidos sustentáveis através da valorização de resíduos têxteis e agroalimentares.

2017
A Riopele celebra 90 anos sob o lema "90 anos tecidos com paixão", reforçando seu compromisso com a inovação e sustentabilidade.

2018
A empresa instala sua primeira central solar fotovoltaica e a marca Tenowa recebe prêmios de inovação pela sua contribuição à sustentabilidade.

2019
A Riopele registra sete anos consecutivos de crescimento, impulsionada pelos projetos Fabrics4Future e Textiles4Life, focados em economia circular e digitalização.

2020
Mesmo com a pandemia da COVID-19, a empresa mantém sua trajetória de crescimento e premia seus colaboradores pelo desempenho excepcional.

2021
A Riopele investe na modernização e lança um amplo programa de formação para os trabalhadores, além de receber o prêmio "Melhor Investimento" da AICEP.

2022
Atingindo um volume de negócios de 92,6 milhões de euros, a empresa reforça investimentos em inovação e sustentabilidade, com foco na neutralidade carbónica até 2027.

2023
A quarta geração da família Oliveira assume funções na empresa. A Riopele cresce 6,4%, atingindo um faturamento recorde de 98,4 milhões de euros, consolidando seu compromisso ambiental e estratégico.

 

[fonte: https://www.riopele.pt/historia]

Cromos MAY - Chewing Gum

CROMOS MAY VERSO.png

Reproduzo o habitual reverso dos cromos MAY, tão populares que foram pelas décadas de 60/70, e ainda hoje são cobiçados, vendendo-se a preços como se de ouro ou prata revestidos.

Pudesse recuar no tempo e tinha guardado as centenas deles que coleccionei. Não obstante, alguns resistiram às vicissitudes do tempo, pelo que ainda tenho um bom lote deles. 

[Sobre os cromos MAY]

Editora ASA

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A ASA Editora foi fundada em 1951 , no Porto, por Américo da Silva Areal (1914-1976), professor, escritor e empresário português. Nascido em Agrela - Santo Tirso, de origem humilde, um de oito irmãos, Américo Areal estudou no Seminário do Porto e trabalhou como prefeito no Colégio Brotero, enquanto prosseguia os seus estudos. Licenciou-se em Geologia e destacou-se pela publicação de sebentas académicas, o que lhe permitiu custear a educação das suas irmãs.

Desde o início, a ASA teve uma vocação essencialmente escolar , destacando-se pela edição de manuais escolares para todos os níveis de ensino. A editora apostou na inovação pedagógica e gráfica, expandindo a sua oferta para livros de apoio ao estudo, literatura infantil e juvenil. Além da forte presença no setor da educação, a ASA tornou-se uma referência incontornável na literatura portuguesa , publicando autores nacionais e estrangeiros de qualidade excepcional. Chegou a editar 400 livros por ano.

Com um catálogo diversificado, a ASA abrange áreas como poesia, arte, arquitectura, desporto, saúde, gastronomia e turismo . Em 2002 , entrou no mercado da banda desenhada internacional , especialmente na tradição franco-belga , garantindo simultaneamente espaço para autores portugueses.

No campo da Educação , a ASA dedicou-se a duas áreas essenciais: Ciências da Educação e Ensino Escolar . Apostou na formação de professores, lançando coleções inovadoras como os Guias Práticos , que alcançaram grande sucesso. Os seus projetos escolares tornaram-se referência, garantindo à ASA um lugar de destaque no ranking de adoções de manuais escolares em Portugal .

Em 2002 , a ASA foi adquirida pelo grupo francês Éditions Lefebvre Sarrut e, em 2007 , integrou o Grupo LeYa , um dos maiores grupos editoriais lusófonos. Actualmente, continua a ser um nome essencial na edição de manuais escolares e recursos digitais , mantendo-se atenta às mudanças na educação e ao futuro da aprendizagem.